domingo, outubro 12, 2008

outono!




chegaste

com a agressividade do vento.

as árvores sentiram-te,

abanaram

como a dizer adeus ao verão

que findou.

os pássaros partiram,

perdeu-se o sorrir das flores.

no chão resplandece o amarelo oiro

mas o rasto que trazes contigo

é saudoso, bafiento e árduo


o homem não te reconhece

julga-te o fardo do dia,

arrastando a morte

em cada passo,

e, na surdida da noite

celebras a nostalgia.


as portas vestem-se

de sono,

empurram a visão

de um tempo destruído.


os rostos são imagens

cerradas sem fulcros

nas paisagem enredadas do outono


despidas de folhas,

só as magnólias circulam ofuscantes.




l.maltez




rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...